Acordos de Paris só serão cumpridos se todos os países tiverem meios de atenuar os efeitos das alterações climáticas
A Vice-Presidente da República defendeu nesta terça-feira [12.11.2024] a preservação dos progressos alcançados na 28.ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP 28) e a conversão dos compromissos assumidos naquela cimeira, realizada em 2023 no Dubai, Emirados Árabes Unidos, em acções concretas.
Esperança da Costa, que discursava em Baku, Azerbaijão, no Debate de Alto Nível da COP 29, sublinhou que os objectivos do Acordo de Paris só serão alcançados se todos os países dispuserem de meios para acelerar as medidas de atenuação das alterações climáticas e de adaptação.
“Consideramos fundamental envidar mais esforços para aumentar rapidamente o financiamento da adaptação e fazer com que os mercados internacionais do carbono funcionem para todos; criar mecanismos para acompanhar e garantir que os fundos prometidos sejam cumpridos, bem como operacionalizar plenamente o Fundo de Perdas e Danos, identificando mecanismos de acesso simplificados e eficientes para financiamento aos países em desenvolvimento, que são mais afectados pelos impactos climáticos”, disse a Vice-Presidente.
Esperança da Costa sublinhou entretanto que os efeitos das alterações climáticas não poderão ser atenuados com as tensões e conflitos que emergem no contexto internacional.
“Precisamos de aumentar os nossos compromissos com a estabilidade e com o Pacto do Futuro que queremos, adoptado na Cimeira das Nações Unidas, para construirmos um futuro melhor e reduzirmos a crise climática, a fome e a pobreza, promovendo ao mesmo tempo a melhoria dos sistemas alimentares, a economia de baixas emissões, a equidade de gênero, a educação, a inovação, a paz como novas decisões e legado às novas gerações”, afirmou.